Onde é que tudo correu mal

25 de Maio de 2022
Quarta-Feira

Resumo do livro ‘Uma carta aberta ao Príncipe Carlos’ ou

‘A única maneira para deixar de fumar’ de Allen Carr

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Capitulo 9: Onde é que tudo correu mal

               A natureza é milagrosa e foi a partir do momento em que o homem começou a interferir com o momento do nascimento do ser humano que a coisa começou a correr mal. Como é que um homem, que nunca engravidou e teve filhos, ficou com o poder para decidir quando é que a mulher faz o parto? As mulheres aborígenes isolavam-se durante um par de horas e voltavam à tribo com um bebé nos braços. Porque foi que a nossa sociedade transformou o parto num ato médico?

               Além do sofrimento da mulher, temos o coitado bebé que após 9 meses junto da sua mãe, é exposto a uma sala com holofotes e passa por uma data de experiências traumáticas até ser colocado junto da sua mãe. E isto, nem sempre, porque se a mãe estiver muito cansada, o bebé é colocado num espaço separado para que a mãe possa descansar. Não é de admirar que os bebés chorem nas primeiras semanas de vida! Além disso, dizem à mãe para não atender ao choro do bebé porque iniciará uma vida de escravatura. Portanto, logo à nascença é criado um vazio, que vai aumentando pela infância, adolescência e por pressão da sociedade. Ao fumar, esta sensação aumenta ainda mais pelo vazio provocado pela nicotina.

               Temos 3 soluções para resolver o fumar:

  • Proibir fumar, algo que não funciona… a proibição do álcool e drogas pesadas só piorou o problema
  • Curar o vazio da vida… algo difícil e que demora tempo
  • Educar a população sobre como funciona a nicotina e remover a lavagem cerebral do fumo

Esta última é a única forma prática para resolver o problema para sempre e é isso que tenho feito com este trabalho nos últimos 10 anos. Easyway é uma bola de neve, cada vez que um fumador para de fumar e ganha qualidade de vida, vai motivar outros tomar a decisão de parar.

               Tal como referi antes, o vazio é criado pela experiência traumática do nascimento a qual é agravada pelo escape dos doces, pelas angústias da adolescência, pela competição na escola/desporto, pela necessidade de sucesso com as raparigas/rapazes e pela responsabilidade de sustentar uma família. A obsessão com a riqueza material é a porta de entrada do crime violento. Para mim, é um milagre que a maioria dos jovens consiga escapar à adição as drogas. Contudo, a maioria experimenta um cigarro. A nicotina sai do corpo e o segundo cigarro repõe a nicotina, o que provoca uma sensação de satisfação e relaxamento. O sabor é mau, mas o subconsciente dirá: “É horrível, mas relaxa”. Em pouco tempo, a ilusão está criada e assim nasce mais uma vítima da armadilha da nicotina.